O mercado digital segue crescendo a todo vapor, alguns números revelam a tendência à liderança do Brasil na américa latina, segundo o levantamento “Tendências e Comportamentos Digitais 2022” da Comscore Marketing.
Saúde é o terceiro tema mais pesquisado, com um crescimento de 24% (2021-2020), mais de 84 milhões de usuários acessam a internet pelo celular e ficam em média 3h38 por dia, o que estimulou o consumo de vídeos; desses usuários, um total de 56% com mais de 35 anos; O Instagram continua a ser a plataforma com maior percentagem de partilhas e comentários (crescimento de 52% em 2021 vs. 2020); Google, Facebook e Microsoft juntos alcançam mais da metade da população digital mundial.

O comportamento digital dos pacientes já é consolidado, mensurável e parte obrigatória de qualquer planejamento estratégico de clínicas e consultórios; Procurar o médico no Google, navegar nas redes sociais, pesquisar o que está sendo falado sobre cada profissional, tudo isso exige que os médicos se posicionem cada vez mais na internet. Alguns estudos dizem que as pesquisas de índice de satisfação do Google (as famosas estrelinhas) são um fator determinante na escolha (85 das pessoas escolhem aquelas com 4 estrelas acima). O marketing digital está ajudando os médicos a promover seus negócios com estratégias cada vez mais sofisticadas para um público com o qual estão familiarizados em reprodução, sofisticados, esclarecidos e conhecedores de tecnologia. Hoje existem várias ferramentas de criação de valor digital, o software CRM (Customer Relationship Management) para clínicas e consultórios é um bom exemplo. Tecnicamente, eles reconfiguram o valor agregado para abrir novas fontes de fornecimento, em suma: o CRM ajuda a fortalecer o relacionamento com os pacientes e transformá-los em embaixadores da marca dos médicos. A migração do marketing médico para o digital foi consequência do comportamento do paciente, o boca a boca ainda existe mas hoje é virtual mas a recepção deve ser real.
Embora tenha havido uma migração, há uma enorme lacuna entre as ferramentas digitais disponíveis e como usá-las de forma eficaz. Acima de tudo, isso sinaliza um problema cultural. Não basta a clínica se modernizar tecnologicamente, é preciso criar uma cultura de atendimento digital sem perder a empatia, agilizar processos sem cair na impessoalidade, é uma jornada que exige investimentos em planejamento, pessoas e tempo exige.
A dinâmica do mercado, a velocidade da informação, não desviou o foco das pessoas que procuram profissionais reprodutivos, apenas acelerou a jornada, desbloqueando uma série de recursos tecnológicos para fortalecer a comunicação com os médicos, bem posicionados na internet. Muito mais fácil para um casal que está começando essa busca, se puder assistir a vídeos que expliquem o início, as dúvidas mais básicas e pontos ainda incertos, pode vir à consulta com muito mais convicção e apreço. a Internet. O médico que não digitaliza seu legado, seu conhecimento, perde uma grande oportunidade de atingir mais pacientes, de gerar autoridade diante de um público que não conhece, mas está ávido por informações sobre o assunto em um mundo de alta volatilidade.
Conhecimento técnico: O serviço deve ser conhecido, comunicado de forma ética e bem posicionado para que os colegas o indiquem e os pacientes o compreendam.
Inteligência Emocional: As pessoas que recebem, atendem, são contatos para os pacientes devem ser constantemente treinadas, preparadas e sempre motivadas, a empatia deve ser uma cultura e não apenas propriedade de um ou outro membro da equipe.
Adaptabilidade: Ou você tem uma estratégia ou faz parte da estratégia de outra pessoa. Deve haver um plano de fácil assimilação e adaptação quando o mercado exigir, por exemplo: pagamentos por Pix, digitalização da jornada do paciente (quanto menos papéis, menor a chance de perda de informações importantes), gerenciamento de dados (os dados são os ativos mais importantes das empresas).
O perfil do novo médico mudou. Esse novo perfil não é o de um médico empreendedor, em parceria com um colega para defender uma técnica em determinada região. Ele é um empresário que estudou medicina. Ele está ciente de que o tempo e os recursos financeiros investidos precisam de planejamento e estratégia para que sejam compensados. Isso não significa que o médico experiente deva mudar sua natureza. Significa apenas que os novos tempos trouxeram mais opções de comunicação com os pacientes e ferramentas de negócios mais estratégicas. Os médicos nunca serão substituídos pela tecnologia. Eles serão substituídos por outros médicos que entendem de tecnologia.
O marketing é uma ferramenta indispensável para qualquer clínica estruturar o seu posicionamento num mercado em constante expansão, mais exigente e faminto de informação. Não é antiético, nem vai na direção oposta da medicina. A medicina como a conhecemos continua sendo um dos tópicos mais pesquisados no Google, tem seu código de conduta, suas regras, sua ética (muito feliz por isso), evolui a cada ano em benefício da vida humana, tem seu próprio tempo longe. A medicina não precisa de marketing. O médico, sim.
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