O que pode e o que não pode ser feito na relação médico-paciente?"

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O que pode e o que não pode ser feito na relação médico-paciente?

A prática diária da medicina envolve fundamentalmente as relações humanas, seja entre a equipe profissional envolvida na prestação de cuidados de saúde ou entre os pacientes e seus familiares. Nesses ambientes, muitas situações podem colocar o médico em conflito, algumas das quais são mais graves e dizem respeito à ética profissional.

O código de ética médica apresenta uma série de obrigações e proibições que incluem a relação médico-paciente no cotidiano do trabalho. O texto trata de temas como autoprescrição, cuidados com parentes e amigos, limites da relação médico-paciente, direitos, mas também questões de renúncia ao cuidado.

Prescrição de Medicamentos para Familiares e Amigos

Imagine a seguinte situação: Um querido colega de trabalho reclama de insônia que interfere em seu trabalho no hospital. Você, psiquiatra com anos de experiência e um ótimo relacionamento com seu namorado, lê sua foto e rapidamente entende que se trata de um episódio de insônia causado pelo estresse do ambiente profissional. Ele ainda consegue perceber que a droga zolpidem pode ter um grande efeito no sono de seus amigos. O que fazer nessa situação?

O código de ética médica estabelece que o médico está proibido de prescrever qualquer tipo de medicamento controlado ou entorpecente a amigos e familiares, portanto, a decisão ética a ser tomada seria não receitar o medicamento. Embora a insônia esteja associada ao estresse no trabalho, ela pode ter uma causa mais profunda e grave que aponta para problemas mais graves que só podem ser identificados e tratados por um profissional especializado e imparcial.

No entanto, o médico pode indicar um profissional de sua confiança para que o amigo possa ser devidamente consultado e tratado para sua insônia. A exceção a esta regra só se aplica em casos urgentes. A situação é diferente com drogas não controladas. Os médicos podem prescrever drogas não controladas a viciados e amigos, desde que não representem risco à saúde da pessoa.

Automedicação

O médico que tem um problema de saúde leve e de fácil identificação pode prescrever a medicação por conta própria. Isso não significa que essa seja a melhor opção, pois a automedicação representa um risco para o próprio médico.

Por exemplo, se houver algum sintoma de dor muscular, o cardiologista sabe quais medicamentos podem aliviar os sintomas. No entanto, a dor persistente pode indicar um problema mais sério. Por exemplo, depois de meses ele conseguiu descobrir uma grave lesão na coluna que estava sendo mascarada pela ingestão constante de analgésicos.

A automedicação dos médicos, quando combinada com o estresse e outros problemas psicológicos, pode até levar ao abuso de drogas e até mesmo à dependência química. Recomenda-se que ele consulte previamente um profissional de sua confiança, para que haja dispensa da avaliação médica e da prescrição adequada do medicamento e tratamento.

Recusa em atender pacientes

Se o médico tiver um conflito relacionado ao atendimento do paciente e de sua família, ele poderá se recusar a continuar o atendimento ou o tratamento. Isso pode acontecer por vários motivos, por exemplo, quando um paciente chega ao consultório com um diagnóstico pronto. Ou quando o indivíduo culpa o médico pelo problema de saúde por não saber como lidar com a situação. Pode até acontecer quando as recomendações médicas são desconsideradas e o médico se sente desconfortável em continuar o atendimento.

Por exemplo, quando a família de um bebê em tratamento de leucemia se recusa, por motivos religiosos, a receber transfusões de sangue, essenciais para sua recuperação, o médico assistente, incomodado com a situação, acaba se recusando a continuar o tratamento. Isso está de acordo com o código de ética médica. No entanto, ele deve indicar outro profissional para substituí-lo e garantir que todas as informações sejam repassadas ao novo profissional responsável pelo caso, bem como a comunicação com a família. A recusa do médico só é antiética se colocar em risco a vida do paciente.

Ajudar os familiares

Não há nada no Código de Ética Médica que proíba ajudar os familiares. No entanto, recomenda-se que o profissional encaminhe o familiar a procurar outro profissional autônomo e profissional para tratamento do problema de saúde.

Um exemplo disponível no site do CREMESP mostra a complexidade do tema. Um médico prescreve medicamentos para a mãe para aliviar os sintomas de uma dor de estômago. Os sintomas desaparecem. Algum tempo depois, com o agravamento das queixas, a mulher consulta um especialista e identifica um pequeno tumor. O exemplo levanta a hipótese de que a consulta a um especialista e médico credenciado é essencial para entender a complexidade do problema de saúde e os tratamentos adequados.

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